quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Amiguinhos da onça.


Uma revanche de Ricardo Teixeira contra a Globo seria mais feia que briga de rua. E ninguém vai ser maluco de querer apartar briga de gângsteres. É um daqueles casos raros em que torcemos para que os dois lados percam.
Mas creio que está mais para bravata esta história de que o presidente da CBF ameaça divulgar gravações de diálogos comprometedores para o diretor da Globo Esportes, Marcelo Campos Pinto.
Segundo o jornalista Ricardo Feltrin, do UOL, há conversas gravadas que “revelariam como a Globo manipulou o horário de partidas de times e da seleção, para atender a seus próprios interesses”. E também demonstrariam a arrogância, prepotência e desprezo característicos do chefão global.
Essas gravações seriam usadas como retaliação pela recente reportagem do Jornal Nacional denunciando falcatruas do Teixeirão. Uma espécie de cala a boca senão eu grito.
Acontece que, no fundo, tanto a denúncia do JN quanto o conteúdo das tais conversas são mixarias perto do que está realmente por trás dessa relação promíscua entre CBF e Globo.
UOL, Folha e Lance bateram bumbo meses sobre o caso, mostrando as ações criminosas que os envolvem. Mas só quando a Record entrou na briga, a Globo se viu em um beco sem saída. E cachorro louco acuado...
Por enquanto, o mais provável é que Marcelo Campos Pinto seja fritado. Esse é o modus operandi da família. Basta lembrar como outro grande aliado da Velha Senhora, Fernando Collor de Mello, foi abandonado em praça pública. Ou como, de repente, após meses de silêncio, o movimento das Diretas Já surgiu na telinha da Globo.
Nunca vi gângsteres morrerem abraçados. Nem ratos afogados no porão. O instinto de sobrevivência fala mais alto nessas horas.

Fonte: Marco Antonio Araujo

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